terça-feira, 4 de outubro de 2011

Não se apaga o fogo com fogo na mão.

Por que preferes sussurrar tuas palavras ao vento? Não sabes que ele não te ouve? Meu bem, não sejas tolo a ponto de pensar que só porque queres, as coisas pousaram diante de ti, com lindas asas brancas. Tua vontade dita teu rumo, tua respiração não condiz com teus olhos, que tem as pupilas cada vez mais dilatadas.  Mordes teus lábios como se fossem a mais apetitosa fruta. Serras teus olhos como se assim, com a visão turva as coisas fizessem mais sentido. Desiste. Não terás certeza de nada daqui pra frente. A porta que abriste lá atrás com tanta força, não se abrirá novamente. O pote que com tanta sede secaste se encherá sucessivamente daqui pra frente, mas isso não te saciará, não até perderes totalmente teu controle. Então, saboreia cada som, cada letra e imagem nítida, serão poucas no futuro meu querido. Querias conhecer teu extremo? Agora tenhas no mínimo um pouco de força. Ele é mais pesado do que esperavas? Te empresto minha mãos. Queres voltar? Te empresto meus pés. Queres seguir? Te desejo coragem, conhecer a si mesmo pode ser grandioso demais, conhecer o que busca pode ser perigoso demais.


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