sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O que queres?

Meu medo de cair me motiva a pedir todos os dias proteção, para aqueles que dão sua vida aos dias, que doam suas vidas a si mesmos, aos seus amores, aqueles que são capazes de amar um por-do-sol, uma montanha, uma planta, amar ao próximo verdadeiramente e não por medo de um dia ser desprezado. É deles minha admiração, meus votos de felicidade e prosperidade.
Dizem que com o tempo como professor, nos tornamos menos tolerantes, mais amargos se não fomos bem sucedidos ou felizes, mas a culpa não é do tempo, nem das pessoas, é da sobra de desculpas esfarrapadas, é da falta de parar e respirar, é da falta de sentir o gosto, o cheiro e o valor de tudo que temos a nossa volta.
Conta-se que a origem dos "cínicos" é muito antiga, os cínicos eram aqueles que não precisavam de muito para viver, que se dedicavam aos bons momentos da vida, as coisas naturais, ao necessário para viver, e começaram a ser vistos como "maus" por não se importar com a dor alheia, por achar que a felicidade era melhor. Um dia Alexandre o Grande, ofereceu a um homem que vivia em um barril, qualquer coisa que ele quisesse, e que o homem pediu apenas que o grande rei parasse de tapar seu sol, este homem foi um dos maiores filósofos.
Acho que em todos nós a um pouco deste homem, queremos apenas apreciar algo simples, mas somos cegados por algo visto como mais importante.



quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Nesses dias tão estranhos...


É incrivel a sensação de se estar vivo, de mudar a cada instante, de ser capaz de amar sem ser amado, de superar medos que pareciam mortais. 

É admirável nossa capacidade de querer o menor, de querer o menos querido por todos, e simplesmente ir contra a maré, ser diferente por prazer e sinceridade, sem querer chamar atenção de ninguém além de si mesmo para as pequenas coisas. 
Passamos dias sonhando em ver o sol se pondo em um horizonte que está distante de nós, e não percebemos que todo dia o sol se põe diante de nós, que todo o dia podemos acha-lo lindo, que todo o dia podemos sonhar de olhos abertos e atentos. 
Admiro nossa necessidade de uma casa no meio do campo, um carro velho que já presenciou muitas coisas mais importantes do que um lindo carro novo brilhante e sem tanto valor, admiro nossos planos de viajem, que nos levam a lugares desconhecidos todos os dias, mas que tornam esses lugares sagrados. 
Eu simplesmente admiro. Eu sinceramente admiro aqueles que sabem o valor do silencio diante a felicidade, aqueles que conhecem a serenidade de um fim de tarde, aqueles que tomam como válvula de escape as coisas simples e inspiradoras, aqueles que amam essas coisas.
E não vou fazer criticas aqueles que não conhecem o sentido de tudo isso, porque é necessário mais sentimento do que razão para entendê-las, é necessário mais audição do que tato, é necessário mais coração do que qualquer sentido.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Una chica de ayer

 Não vejo, ou melhor, não entendo qual  o problema em ser uma "menina de ontem", me corrigi, porque, graças as idéias criadas por aqueles que ditam certas tendências, não se pode ser uma menina de ontem, e assim, nos fazem ver vários motivos para  se  tornar uma menina de hoje. 
Tenho um certo preconceito -talvez injusto,  com as meninas de hoje, elas me parecem magras demais, coloridas demais, frias demais, tudo que pode representar para mim, alguém um tanto quanto desinteressante. Confesso que não me sinto culpada por isso, porque sempre admirei aqueles que são fortes e sãos o suficiente para não distinguirem sonho de fantasia, para botar seus pensamentos em um papel, que provavelmente nunca vai ser lido por outra pessoa, mas que é motivo de orgulho. 
Tenho mudado meus heróis, tenho criado meus heróis, porque me decepcionei com aqueles que encontrei no meu dia-a-dia, fiquei furiosa com eles, fiquei chocada por ver sua fraqueza, sua desistência, e seus rostos mudados, e isso é demais para quem escolheu a dedo aqueles que gostaria de contar historias, aqueles que gostaria de ter por perto, aqueles que seriam seus heróis.
Ultimamente tenho me sentado em minha janela e esperado, não sei exatamente o que, mas tenho confiado no tempo, tenho confiado na minha mente, tenho confiado naquilo que penso e que se renova a cada dia. É estranho e ao mesmo tempo motivo de orgulho, ver como segundos, podem mudar uma idéia, como segundos são mais eficazes do que discussões acaloradas, como eu tenho medo de perder esses segundos.
Tenho esperado que comece o que tanto quero, e percebo que estou perdendo as tardes, os minutos antes de dormir, as folhas de papel que gasto, imaginando como vai ser daqui um tempo, um tempo que quando chegar, talvez eu não perceba.