- Onde estavas?
- Onde me puseste. Mas não quero conversar, sabe que não gosto de palavras. Elas são teu escudo, e ele me mantém longe.
- E o que queres então, que eu esteja de braços abertos? Disposta a fingir que não passaste esse tempo fora?
- E se eu te disser que não consegui me envolver com ninguém? Absolutamente ninguém. E acredite, eu tentei. Riu ele.
Ela fechou a porta.
Ela abriu a porta.
- Porque és assim, por que não podes ser um cara normal, por que tens que ter esse maldito e nojento sorriso de quem sabe o que quer?
- Com todo respeito meu bem, a culpa não é minha se sentes atração por caras malditos e nojentos como eu.
- Não és assim tão durão quanto te julgas, ou não estarias aqui de novo, já te coloquei pra fora umas vinte vezes.
- Posso entrar?
- Não.
- Não és assim tão inteligente quanto te julgas já me puseste pra fora umas vinte vezes.
- Maldito seja o dia em que te rejeitei!
Ele riu.
- Com certeza, se tivesses me aceito de primeira eu não teria seguido adiante, não teria passado tanto tempo. Posso entrar?
- Já disse que não.
- Ok, então eu vou embora. Não vou ficar se não queres. Não gosto de esmola e nem tu de dar esmola pra quem não merece.
- Boa noite.
Ela fechou a porta.
Ele abriu a porta.
- Não te dei uma chave.
- Peguei da ultima vez, e sabes disso, tens só três. Sendo assim, ficaste me esperando, então presumo que queres que eu fique.
- Agora gostas de esmola?
Ele não respondeu, apenas foi até ela.
"Vou contar pro teu pai que tu namora um cara cabeludo..."
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