sexta-feira, 10 de junho de 2011

Relicário

Enquanto eu sorria por lembrar da forma que o criador de uma das coisas mais lindas e simples que já vi falava do amor pelo trabalho que escolheu para si, senti que ele me observava. Para muitos era uma data especial, em que se trocava presentes caros e cheios de um vazio tão denso quanto o frio la fora, era uma data comemorativa e sem nenhum valor além do material, para nós também era uma data comemorativa, como todos os dias, estávamos juntos, felizes e completos. Os presentes que trocamos não foram extremamente caros, nem estavam necessariamente na moda, mas foram feitos pelas mãos de alguém que sabia o que era amar e dar valor a simplicidade e felicidade, não haviam sido feitos por maquinas, mas por mãos humanas. O dia era tão especial para nós quanto para os outros, era mais um dia que estaríamos juntos, sorriríamos um para o outro e nos emocionaríamos em observar o sol dar lugar a lua, num céu tão imenso quanto a grandeza dentro de nós.
Não precisávamos de muito, apenas da presença da vitrola que não se cansava,  do sol que nos dava a honra de observá-lo, e de nós mesmos. Isso era o bastante, era o necessário e tão querido por nós.
Era com certeza um dia especial, como o anterior, como o que viria após esse.


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