Fico feliz com teu retorno minha velha querida. Sabes que por ti, o tempo deu-me grande apreço. Tuas palavras não são as mais gentis, e teus olhos costumam estar mais sedentos do que meus próprios pés. Mas sabes que em nossos devaneios, em nossos sinuosos traços, tu és minha mais querida companhia. Sabes que quando tua preguiça envolve minha silhueta, um véu me é tirado.
Peço-te com certo cuidado que sejas mais sutil por aqui, algumas coisas mudaram, algumas palavras tornaram-se mais importantes do que as tuas, aquelas que antes pulavam de teus lábios em sacrifício. Se teus nuances forem mais claros, prometo-te minha atenção. Do contrário, peço-te que vás embora, que de mim tu esqueças, ou que em mim tu não tentes mais habitar. Com pesar posso procurar outra companheira para meus dias se assim desejares.
Não sejas cruel a ponto de me alienar, não sejas leal a ponto de fazer-me mais feliz do que o céu tem-me feito.
“No coração do homem nasceste, em seus dedos foste moldada. Tomaste pulmões, lábios, vontades. Mataste dogmas e temores. E no fim, nada és além de ilusão.”
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