A tua sanidade repleta de pesares contrasta com a felicidade que carrega nos olhos. Tua calma, doce e leve irrita tuas mãos, fazendo com que elas tremam de uma forma quase despercebida. Tua gaita grita e tua voz chora. Tuas palavras são claras: não queres quem te afague a cabeça ou quem te cubra antes de dormir. Lembras com amargura dos teus dias passados, já desististe de descobrir pra onde eles vão?
Sentes o sangue dos antigos correndo em tuas veias e a nostalgia te abraça, te envolve e te espreme, até que de ti saiam algumas lágrimas, tão raras quando a água no sertão em que teu espírito vive. Te cortas e nada sentes, te curas e nenhuma gratidão é capaz de te tocar. És um visionário incompreendido, és como os sábios que morreram sozinhos.
Reforça teus pés, fecha tuas mãos e sente a chuva que te molha. Levanta! Vai, quebra os muros que te cercam, derruba as estátuas que não admiras, cospe na corrupção que corrói, grita tua dor e tua mente. Te liberta antes que te engulam!
Reforça teus pés, fecha tuas mãos e sente a chuva que te molha. Levanta! Vai, quebra os muros que te cercam, derruba as estátuas que não admiras, cospe na corrupção que corrói, grita tua dor e tua mente. Te liberta antes que te engulam!
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