segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Sinônimos.

Como somos egoístas a ponto de usufruir de tudo que nos é dado pela vida sem agradecer.
Sufocamos o impulso de levantar no meio da noite e olhar o céu, de olhar nos olhos de alguém por medo de que nossa mente seja lida. Fico me perguntando como seria a vida, se todas as pessoas que fingem amar, realmente amassem, se elas ao menos pensassem no que é o amor, se  elas ao menos percebessem que falar de amor não é como discutir o uso das células-tronco, não é como discutir política, que, em algum momento alguém vai ter que se calar para que não haja contendas.
Tenho visto a gratidão como o sentimento mais próximo da felicidade, tenho sido grata por todos os fins de tarde que amo observar, tenho sido grata pela varanda que sonho em um dia ter, pelo cheiro que emana das ervas, das plantas e flores quando as molho, tenho sido grata pelas pessoas que amo, e por perceber o quão importante esses detalhes são pra mim.
É no mínimo digno de pena aquele que se importa por ser rotulado  louco por amar essas coisas mais do que o comum, tão concreto e artificial. Mas tentam nos fazer acreditar que não se deve sentir pena daqueles que tem tudo, perante a sociedade, aquele que é bem sucedido profissionalmente - ainda que se sinta só diante de um mundo tão cheio de vida-, aqueles que fazer o que amam- ainda que amem por ser o mais conveniente-, deve-se sentir pena daqueles que optaram por suas pela liberdade, pelo desprendimento  ao invés do desejado por todos.
Mas concentro minha energia em acreditar que algum dia será diferente, que um dia as pessoas que amam, sejam honestas consigo mesmas.

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