Enquanto teus olhos vertem água, tua pele resseca diante do luar.
Teus dedos tem maior utilidade do que apenas contar o tempo. Já te disso isso uma vez. O tempo não gosta de ser segurado, contado com números, eles são insípidos demais.
Abre teus braços, verás que teu corpo parece maior assim.
Sei que teus pés negam-se a andar agora, mas lembra-te que sua petulância tem motivos de ser, lembra-te que em algum de seus passos tu os maltrataste. Não esqueças tu também de seguir.
Não deixes teus medos dançarem ao teu redor. Assim como teu amor, eles podem te segurar pela cintura e rodopiar até caíres.
Minha criança, nenhuma palmatória te dará cicatrizes mais bonitas do que os calos em tuas mãos. Eles são o fruto do teu amor, sejas grata a eles.
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