Não sei porque pensei nisso, mas me fez ver o quão estranho é viver num mundo cheio de vida, de pessoas que respiram da mesma forma que eu, de pessoas que ouvem música e se permitem chorar quando uma lhes toca, que apreciam assim como eu um por-do-sol, que dançam no meio da rua, que cantam para poder sustentar suas familias ou apenas a si mesmos, o mundo está tão cheio de luz e sombras como cada um de nós, e tudo que somos capazes de fazer ou preocupar-nos é com o que fazer para ficar bem perante todos, é o que fazer para que não tropecemos de jeito nenhum, por medo de cair e não levantar mais. Infelizmente, as vezes percebemos isso muito tarde, e como uma doença na fase terminal, a unica coisa que resta é despedir-se de tudo que foi deixado de lado, talvez por um amor que não chegou, talvez por um sonho que não saiu de trás dos olhos de quem o tinha, ou simplesmente por um medo, que pode sim ser justificado, perdoado, mas que não pode restituir nada do que foi perdido.
Pois bem, finjamos então que este é um conto de fadas, e desejemos apenas sermos claros, sermos receptivos, abertos e ao menos esperançosos. Talvez assim, tenhamos um sincero e merecido "felizes para sempre".
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